Emprestar capital político aos presidenciáveis pode ser um peso extra a ser carregado pelos candidatos a governador que estão bem nas pesquisas.
Esta é mais uma peculiaridade das eleições.
No cruzamento do desempenho regional com os números nacionais, colegas de partido passam por experiências (no mínimo!) peculiares.
Alguns sentem na pele, pela primeira vez, o que é fazer parte do mesmo time e não encantar o eleitor pelo jogo coletivo.
Em Minas Gerais, por exemplo, o tucano Antonio Anastasia lidera, mas Geraldo Alckmin é apenas o quarto na preferência dos mineiros.
Com João Dória, em São Paulo, acontece o mesmo: entre os paulistas, Lula e Bolsonaro estão na frente de Alckmin.
No Rio Grande do Sul, Ivo Sartori (MDB) saiu na frente dos adversários, mas a chapa puro sangue Meirelles/Germano Rigotto não chega ao patamar de 2% das intenções.
A dinâmica invertida, na qual candidatos a governador correm para 'turbinar' campanhas presidenciais, pode produzir efeitos ainda desconhecidos do público e dos especialistas.
Com eleições tão curtas, muita gente já faz as contas para saber em que momento a melhor estratégia será lutar apenas por si mesmo.
Termômetros
Próximos capítulos
Na próxima segunda-feira, 27, novas rodadas de pesquisas eleitorais começam a ser divulgadas.
No mesmo dia, à noite, o Jornal Nacional abrirá a série de entrevistas com os presidenciáveis - Ciro Gomes (PDT) será o primeiro.
Na terça-feira, 28, Jair Bolsonaro (PSL) sentará na bancada do JN e, na sequência, Geraldo Alckmin e Marina Silva (Rede).
Cada candidato terá 25 minutos para expor suas ideias.
Bolsonaro
Suspense
A indicação de que dará prioridade à agenda de campanha, lança dúvidas sobre se Jair Bolsonaro (PSL) irá ao Jornal Nacional.
Millennials
Teste geracional
A campanha de Henrique Meirelles (MDB) nas redes sociais tem chamado a atenção pela ousadia e pelo uso da linguagem que se adapta aos tempos de hoje.
A aposta no formato "auto Meme" quebra o gelo e retém os mais jovens. Os comentários negativos são mantidos e respondidos.
Bolsa Família
Afeito pós-pesquisas
Todos os presidenciáveis têm lançado mão da defesa (quase enfática!) do Bolsa Família.
Essa característica tende a se acentuar com o início da temporada de divulgação de pesquisas.
Há propostas de aporte de mais recursos, melhoria de acesso e maior fiscalização.
Ninguém falou até agora em revisão.
Corrupção
Agenda da Lava Jato
A campanha eleitoral segue e a agenda de trabalhos da Lava Jato na Justiça Federal e no Ministério Público, também.
Nos últimos dias, dois nomes do PT – Silvinho e Cândido Vacarezza – ganharam os holofotes.
A procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, prorrogou as investigações por mais um ano.
Troca-troca
Vida de suplente
Apesar do fim do prazo de registro de candidatura, é intenso o troca-troca de suplentes nas candidaturas ao Senado.
Na Paraíba, um candidato do MDB trocou o primeiro e o segundo.
No PT de Minas Gerais e no MDB do Tocantins, a vaga de suplente registrada também é provisória e os partidos ainda reacomodam nomes.
Agenda
Eleições - A EBC entrevista hoje a candidata da Rede, Marina Silva, com transmissão ao vivo, às 17h30, na Agência Brasil, Rádio Nacional e TV Brasil.
Inflação - O IBGE divulga hoje o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15, tendo o período de 16/7 a 15/8 como referência.
Trabalho - O STF finaliza hoje julgamento sobre a terceirização de atividades fim.
TSE - A Corte realiza audiência pública para a elaboração do plano de mídia da eleição presidencial. A ordem de veiculação das propagandas, por partido, será decidida por sorteio.
Arrecadação - Os resultados da arrecadação de tributos federais e contribuições previdenciárias relativas ao mês de julho serão anunciados hoje pela Receita Federal.
Nos jornais
Lava Jato - Levantamento aponta que, de 77 políticos investigados na Lava Jato e que se candidataram nas eleições 2018, 21 registraram redução do valor de seus bens em relação a eleições anteriores. (manchete de O Estado de S. Paulo)
Datafolha - O ex-presidente Lula chega a 60% das intenções de voto em Pernambuco. No Distrito Federal, Jair Bolsonaro (PSL) lidera em todos os cenários, inclusive com o petista. (Folha de S.Paulo)
Herdeiros - Marina Silva (Rede) é a que mais herda votos dos eleitores de Lula num cenário sem o petista. A ex-senadora é a preferida de 21% dos que dizem que votariam em Lula. O provável sucessor, Haddad fica com 9%. (Folha de S.Paulo, Valor Econômico e O Globo)
Álvaro Dias - Em entrevista, o candidato à presidência Álvaro Dias (Podemos) afirma que seu principal adversário é o desconhecimento entre os eleitores. O senador promete acabar com os privilégios nos três Poderes. (Folha de S.Paulo)
Bolsonaro - O presidente do partido de Jair Bolsonaro (PSL), Gustavo Bebianno, revelou que a campanha reavalia a participação do presidenciável nos próximos debates na TV. (Folha de S.Paulo, Valor Econômico e O Globo)
Maluf - A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados cassou, por unanimidade, o mandato do deputado Paulo Maluf (PP-SP), seguindo decisão do ministro do STF Edson Fachin. (todos os veículos)
Alerj - Ao derrubar o veto a um reajuste de 5% nos salários de servidores do Judiciário, MP e Defensoria Pública, a Alerj colocou em risco a permanência do Rio no Regime de Recuperação Fiscal. (manchete de O Globo)
Intervenção - O apoio dos moradores da cidade do Rio à presença do Exército vem caindo. O índice dos que são a favor da convocação dos militares diminuiu de 76%, em março, para os atuais 66%. Já a desaprovação passou de 20% para 27%. (manchete da Folha de S.Paulo)
Emprego - A economia brasileira criou 47.319 postos de trabalho com carteira assinada no mês de julho. O resultado é o melhor para o mês em seis anos, segundo dados do Caged divulgados pelo Ministério do Trabalho. (todos os veículos)
Frete - O pagamento do "frete de retorno", quando os caminhões voltam para sua origem vazios, é hoje uma das principais preocupações do setor agrícola. Desde o tabelamento, em maio, o pagamento desse valor é obrigatório. (manchete do Valor Econômico)
Trump - Diante das crescentes suspeitas envolvendo assessores diretos, o risco do presidente dos EUA, Donald Trump, sofrer um impeachment no Congresso é hoje maior do que o de uma condenação na Suprema Corte por obstrução da Justiça, conspiração com os russos ou crimes financeiros. (todos os veículos)