No quesito agitação, os melhores momentos do debate de hoje entre os presidenciáveis, na Band, devem vir da ala militar.
Jair Bolsonaro (PSL) e Cabo Daciolo (Patriota) ocupam posições extremas nas pesquisas, mas costumam formar dobradinhas polêmicas quando e como querem.
Ciro Gomes (PDT) também não deixará por menos. Depois do revés de alianças que acabaram não se confirmando, o repertório de ataques contra tudo e contra todos foi renovado e está pronto para uso.
Por tradição, debates na TV são um prato cheio aos franco-atiradores.
No caso de uma eleição tão conectada como esta, é sabido que os embates viralizam rápido e que as frases de efeito e as ironias podem se transformar em rica matéria-prima para propaganda e autopromoção.
PSDB
Sentindo o clima
Estratégias rascunhadas na véspera quase nunca funcionam em debates.
A dinâmica e o nervosismo que marcam esses encontros tiram todo mundo da zona de conforto: é raro alguém chegar ao fim sem se alterar.
Geraldo Alckmin (PSDB) passou a semana sendo instruído a não cair em provocações.
PT
Situação de momento
Lula foi barrado e não vai poder participar do debate na Band. Pelas regras, Fernando Haddad também não.
O PT espera que o partido esteja representado na voz e nos gestos de Guilherme Boulos (PSOL).
Os demais candidatos tendem a formar um pacto de silêncio sobre o imbróglio da candidatura do ex-presidente.
No palco
A posição de cada um
Marina Silva (Rede) terá como vizinhos Geraldo Alckmin (PSDB) e Jair Bolsonaro (PSL).
Guilherme Boulos (PSOL) será ladeado por Bolsonaro e Henrique Meirelles (MDB).
Perfil do voto
Preferências
Sondagens eleitorais apontam empate técnico entre Fernando Haddad (PT) e Marina Silva (Rede) e confirmam um movimento que os correligionários dos dois temiam: ambos agradam a um nicho eleitoral bastante parecido.
Dia D
Esquema de segurança
Além dos preparativos de praxe para a posse da ministra Rosa Weber como presidente do TSE, no dia 14, a organização articula com o Governo de Brasília apoio para a operação de segurança que pretende evitar transtornos no dia 15, último prazo para registro de candidaturas.
Um grande ato pró-Lula promete reunir 30 mil pessoas.
Câmara
A situação no conselho de ética
Os deputados Nelson Meurer (PP-PR) e Laerte Bessa (PR-DF) foram salvos pela falta de quórum.
O Conselho de Ética da Câmara adiou a apreciação dos processos disciplinares que apuram a conduta dos deputados.
A discussão sobre a cassação de Paulo Maluf (PP) também foi adiada pela Mesa Diretora, pela terceira vez.
O cronograma estabelecido para este período eleitoral não deixa muitos espaços para novas mudanças de datas.
Impeachment
Dilma e a visão monocular
Membros do Ministério Público Federal se organizam para tentar ressuscitar a ação civil pública contra cursos de extensão que tratam do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em universidades federais.
A participação da petista na aula inaugural da Universidade Federal de Minas Gerais, esta semana, segundo os procuradores, reforça a tese de que o curso tem "visão monocular" e caráter de "propaganda político-partidária".
Agenda
Campo e indústria - O IBGE divulga hoje dados da Pesquisa Industrial Mensal e Levantamento Sistemático da Produção Agrícola.
Segurança - Serão conhecidos hoje detalhes do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
Raízes - O TSE abre a exposição sobre a história das eleições no Brasil.
Nos jornais
STF 1 - Por 7 votos a 4, os ministros do STF aprovaram a inclusão, na proposta orçamentária de 2019, de reajuste de 16,38% no próprio salário. A remuneração passaria dos atuais R$ 33.763,00 para R$ 39.293,32. O impacto estimado é de R$ 2,77 milhões para o STF e um efeito cascata de R$ 717,1 milhões para o Judiciário. (manchete em O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo e O Globo)
STF 2 - Os ministros do STF decidiram ontem, por 6 votos a 5, que ações de ressarcimento ao erário não prescrevem quando o ato de improbidade administrativa que causou o prejuízo tiver sido praticado com intenção por agentes públicos ou terceiros. (todos os veículos)
Toffoli - O ministro Dias Toffoli, do STF, foi eleito ontem presidente da Corte pelos próximos dois anos. O ministro Luiz Fux será o vice-presidente. A cerimônia de posse está marcada para 13 de setembro. (todos os veículos)
Lava Jato - O ministro Gilmar Mendes, do STF, mandou soltar três pessoas presas em um desdobramento da Lava Jato do Rio, a Operação Ressonância. Receberam habeas corpus Daurio Speranzini Junior, principal executivo da GE na América Latina, e os empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita. (Folha de S.Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo)
Debate - Candidatos à presidência participarão hoje, às 22h, do primeiro debate televisivo das eleições de 2018, na TV Bandeirantes. Estarão presentes Álvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB), Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede). (Folha de S.Paulo e O Globo)
Meirelles - Em entrevista, o presidenciável pelo MDB, Henrique Meirelles, afirma que seu maior desafio para crescer é se tornar conhecido. Diz que a "a imagem de banqueiro" é uma coisa forçada por alguns da oposição e que não existe. (Folha de S.Paulo)
Goulart Filho - Um dos fundadores do PDT e candidato pelo nanico PPL ao Planalto, João Goulart Filho, em entrevista, diz defender o nacional-desenvolvimentismo e promete reestatizar a Vale e outras empresas. (O Globo)
Bolsonaro - O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) vai apresentar a primeira versão de seu plano de governo no formato de uma carta de princípios, que terá segurança pública como um dos principais pontos. (Folha de S.Paulo)
Energia - A privatização das distribuidoras da Eletrobras ainda neste ano não é mais vista como provável. Sem a venda, os encargos cobrados na tarifa de todos os consumidores devem ter novos aumentos. (manchete do Valor Econômico)
IPCA - Passado o choque causado pela greve dos caminhoneiros, a inflação desacelerou de 1,26% em junho para 0,33% em julho. Apesar da perda de ímpeto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo veio acima do 0,27% esperado pelo mercado. (todos os veículos)
Aborto na Argentina - O Senado argentino rechaçou, após mais de 15 horas de debate, o projeto de legalização do aborto, por 38 votos contra, 31 a favor e duas abstenções. Os últimos discursos, nesta madrugada, foram a favor do projeto. (todos os veículos)