O MDB se reúne hoje para oficializar o nome de Henrique Meirelles como candidato à presidência da República.
Depois de 24 anos sem encabeçar uma chapa, o partido entra na disputa rachado e cheio de dúvidas.
A convenção nacional pretende amenizar pelo menos parte do clima de desconfiança e Meirelles sabe que é peça importante no processo.
Entre as ambições do ex-ministro não está a unanimidade, mas o discurso de união está cada vez mais presente em sua fala.
Meirelles investe dinheiro do próprio bolso para se viabilizar, não se fechou às críticas e tem lidado com o fogo amigo lançando mão da experiência acumulada nos tempos de banqueiro.
O presidente Michel Temer e o senador Romero Jucá (RR) bancam a escolha, porque calculam ser esse o caminho mais seguro para inserir o partido no segundo turno.
MDB
Focos de resistência
O senador Renan Calheiros (AL) é um dos adversários mais duros à candidatura de Meirelles. Publica um artigo hoje na Folha de S.Paulo (leia).
O senador Roberto Requião (PR) também deixa claro que o partido não está olhando para o mesmo horizonte.
As cédulas de votação que os 629 delegados do MDB vão receber foram formatadas com apenas duas opções: o nome do ex-ministro da Fazenda e a expressão "sem candidato".
PT 1
O futuro de Lula
O ministro do STF Edson Fachin conseguiu pacificar a tese de que a ação sobre a liberdade do ex-presidente Lula precisa ser decidida antes do prazo final de registro de candidaturas.
Esse movimento tornado público ontem foi lapidado durante o recesso do Judiciário.
A reação veio dentro do esperado e o clima permite até que a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, inclua a análise na pauta da próxima quinta-feira, 9/8.
PT 2
Mantendo o cronograma
A sequência de atos públicos em favor de Lula terá amanhã à tarde mais uma etapa.
O PT de São Paulo prepara um encontro entre militantes e simpatizantes na Praça da Sé.
Quem vota
A perspectiva de cada um
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulga hoje um estudo bem amplo que mostra quem são os eleitores que irão às urnas este ano.
A pesquisa indica ainda o perfil social, cultural e econômico dos cidadãos, associado à escolha dos principais candidatos à presidência da República, e quais os meios de comunicação que eles têm usado para se informar.
Mais de duas mil pessoas foram entrevistadas.
Estatuto
Família x famílias
O Senado prepara uma audiência pública que debaterá o Estatuto das Famílias - assim mesmo, no plural -, proposta da senadora Lídice da Mata (PSB-BA).
O texto altera leis do Código Civil que limitam, por exemplo, direitos relacionados à união homoafetiva.
BNDES
Mais transparência
O modelo que orienta a divulgação e a oferta de informações sobre empréstimos e financiamentos do BNDES será incrementado.
O banco de fomento promete lançar, no dia 21, uma ferramenta para ajudar qualquer pessoa a pesquisar isso e muito mais navegando por banco de dados públicos.
Agenda
Alckmin - O pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, participa hoje da série de entrevistas da GloboNews com presidenciáveis, às 22h30.
Indústria - O IBGE divulga hoje a Pesquisa Industrial Mensal: Produção Física - Brasil referente a junho.
Nos jornais
Lula - O STF deve julgar o pedido de liberdade do ex-presidente Lula na próxima semana. O ministro Edson Fachin, relator do processo, defendeu celeridade, uma vez que o caso influencia as eleições. (todos os jornais)
Ciro 1 - O PT e o PSB decidiram sacrificar candidaturas estaduais em nome de um pacto nacional que isolará Ciro Gomes. Os socialistas devem anunciar neutralidade na corrida ao Planalto e o PT desistirá da candidatura de Marília Arraes ao governo de Pernambuco. (manchete Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo)
Ciro 2 - Ciro Gomes afirmou que não desistiu de receber o apoio do PSB: "Quando entrei nessa luta, sabia que eu era o cabra marcado para morrer". (Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo)
MDB - Em artigo, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) critica a candidatura de Henrique Meirelles e afirma que o partido "tem a oportunidade de escolher seguir grande e plural, em vez de abraçar uma candidatura inviável". (Folha de S.Paulo)
Alckmin - Pré-candidato do PSDB à presidência da República, Geraldo Alckmin afirmou que há "sete nomes" possíveis para compor sua chapa como vice. O tucano deu a declaração ontem, ao sair da convenção nacional do PRB. (Valor Econômico)
PCdoB - Manuela D'Avila foi oficializada ontem candidata do PCdoB à presidência da República, mas deixou claro que vai tentar, até onde for possível, uma unidade das forças de esquerda. (todos os jornais)
Boulos - Em entrevista, o candidato do PSOL à presidência da República, Guilherme Boulos, disse que a esquerda precisa reconhecer erros e prometeu enfrentar a "República dos bancos". (O Globo)
Vice - O PSC fechou ontem apoio ao pré-candidato do Podemos ao Palácio do Planalto, o senador Álvaro Dias, e anunciou o ex-presidente do BNDES Paulo Rabello de Castro para a vaga de vice. (todos os jornais)
Paes - O pré-candidato do DEM ao governo do Rio, Eduardo Paes, afirmou ontem que não vai fazer campanha exclusivamente para o presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, apoiado por seu partido no plano nacional. O ex-prefeito terá o apoio do MDB e ainda espera atrair o PDT. (O Globo e Valor Econômico)
Eleitorado - O Brasil atingiu neste ano 147,3 milhões de eleitores aptos a votar. O número foi divulgado pelo TSE e representa um crescimento de 3% do eleitorado em relação ao pleito de 2014. O número de jovens de 16 e 17 anos aptos a votar caiu 14% no período. (Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo)
Selic - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa básica de juros inalterada em 6,5% ao ano e, em seu comunicado, não deu indicações mais claras sobre seus próximos passos. A decisão foi unânime. (todos os jornais)
Empresas - Pela primeira vez desde 2011, as empresas brasileiras de capital aberto tiveram, na média, retorno sobre o patrimônio superior à taxa básica de juros (Selic) no primeiro trimestre. (Valor Econômico)
FGTS - O mercado imobiliário do Rio deve ganhar impulso com o pacote de medidas anunciado pelo governo e que passa a valer a partir de 1º de janeiro de 2019. O aumento do limite de financiamento com recursos do FGTS de R$ 950 mil para R$ 1,5 milhão é apontado como um dos principais fatores para a expectativa positiva. (manchete O Globo)
Venezuela - Com a instabilidade do dólar, a área econômica do governo brasileiro identificou a necessidade de aumentar a previsão de despesas orçamentárias neste ano para arcar com o calote da Venezuela. (Folha de S.Paulo)
EUA x China - O presidente americano, Donald Trump, quer aumentar de 10% para 25% a tarifa de importação sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses, em mais um capítulo da guerra comercial entre os dois países. (todos os jornais)