Logo mais, às 10h, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgará uma nova rodada Ibope com informações que podem determinar o ritmo e os rumos da política nesta virada de semestre.
Serão conhecidas, entre outras coisas, as taxas atualizadas de popularidade do governo Michel Temer.
Além disso, nesta versão, a pesquisa projetará as intenções de voto no primeiro turno das eleições presidenciais.
É fato que a Copa do Mundo está no topo das prioridades brasileiras, mas o combo de hoje é poderoso. Tem potencial de sobra para rivalizar com o futebol.
A depender de como os pré-candidatos (e os partidos!) vão se apropriar dos dados, novas e velhas ondas tendem a ganhar altura.
Do jeito que a conjuntura está sensível, tudo leva a crer que o xadrez das possíveis alianças será colocado em xeque – furando a fila de temas delicados.
O disse me disse pós-Ibope também tem grandes chances de trazer de volta o surrado debate que exalta os 'outsiders' e demoniza os 'profissionais'.
Detalhe
Ficha técnica
A pesquisa CNI-Ibope foi realizada entre os dias 21 e 24 de junho, com 2 mil pessoas, em 128 municípios.
Entre eles, a taxa que revela o grau de confiança no presidente Michel Temer e a aprovação do governo em nove áreas de atuação - tais como saúde, educação, segurança pública e combate à fome e ao desemprego.
No palco
Hora de falar
Como em outras eleições, a CNI fará na próxima quarta-feira, 4/7, uma sabatina com os pré-candidatos ao Planalto.
Cada um dos políticos terá 25 minutos. Em seguida, eles vão responder a três perguntas e fazer as considerações finais.
Haverá transmissão ao vivo nas redes sociais da CNI.
Alianças
Reta final
Julho é o mês derradeiro para as composições partidárias.
Perspectiva
O clima e o voto
Além das dificuldades de encontrar pontos em comum e formar palanques, os partidos temem (de verdade!) pelas consequências do distanciamento do eleitor.
A passagem de Pence
Não há muito o que dizer sobre a visita do vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, ao Brasil.
Pence também tratou de questões regionais como a Venezuela - sua visita a um abrigo com 120 venezuelanos em Manaus foi alvo de críticas.
A negociação sobre o uso por parte dos EUA da base de Alcântara, no Maranhão, também estaria na pauta, mas quase nenhuma informação sobre o assunto foi divulgada.
Agenda
Conjuntura - O Banco Central divulga hoje o Relatório Trimestral de Inflação do 1º trimestre de 2018.
Datena - O apresentador de TV José Luiz Datena anuncia oficialmente hoje sua candidatura ao Senado pelo DEM de São Paulo.
Imposto sindical - O plenário do STF julga hoje 19 ações diretas de inconstitucionalidade (Adis) que questionam o fim da contribuição sindical obrigatória.
IBGE - O IBGE divulga hoje a pesquisa anual de comércio, referente a 2016, e a pesquisa de população em áreas de risco no Brasil.
Frete - O ministro do STF Luiz Fux reúne-se hoje mais uma vez com representantes do empresariado e dos caminhoneiros para discutir o preço do frete.
Leilão - A Aneel realiza hoje o primeiro leilão de transmissão de energia de 2018, ofertando 20 lotes de linhas de transmissão que deverão somar R$ 6 bilhões em investimentos.
Eleições 2018
Propaganda - A partir de 5 de julho, os pré-candidatos estão autorizados a realizar propaganda intrapartidária para candidatar-se a compor a lista oficial dos partidos. É vedado o uso de rádio, televisão e outdoor.
Nos jornais
Privatizações - O ministro Ricardo Lewandowski, do STF, concedeu duas liminares proibindo União, Estados e municípios de vender estatais sem autorização do Legislativo. A medida dificulta ainda mais a venda do controle acionário da Eletrobrás. (todos os veículos)
Cotas - Obrigados a aplicar 30% dos recursos recebidos pelo Fundo Especial de Financiamento de Campanha em candidaturas femininas, dirigentes de partidos iniciaram consultas à Justiça Eleitoral sobre critérios para cumprir a "cota das mulheres". (O Estado de S. Paulo)
Meirelles - O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, afirmou que a campanha de Henrique Meirelles (MDB) ao Palácio do Planalto seria "uma farsa" sem a defesa do legado do presidente Michel Temer – cujo governo tem índices de rejeição acima dos 82%. (O Estado de S. Paulo)
Ciro - A falta de alinhamento entre o pré-candidato do PDT a presidente, Ciro Gomes, e o seu principal assessor na área econômica, Mauro Benevides Filho, na apresentação de propostas, é um dos motivos de preocupação do mercado financeiro em relação ao presidenciável. (O Globo)
Marina 1 - A campanha da pré-candidata Marina Silva (Rede) ainda se preocupa com a própria sobrevivência do partido. Com apenas dois deputados Federais e um senador, a legenda criada em 2015 precisa cumprir a cláusula de barreira aprovada pelo Congresso que limita o acesso de partidos a recursos públicos. (O Globo)
Marina 2 - A Rede procurou o PROS para fechar uma aliança em torno da candidatura de Marina Silva. Ela está em busca de um vice de perfil político, para tentar aumentar o tempo de propaganda no rádio e na TV e o acesso a recursos do fundo eleitoral. (O Estado de S. Paulo)
Alckmin - O pré-candidato do PSDB à presidência, Geraldo Alckmin, deve deixar a convenção nacional da sigla, destinada a referendá-lo como o nome tucano ao Planalto, para os últimos dias do calendário eleitoral. (O Globo)
Bolsonaro - O deputado Federal Jair Bolsonaro, pré-candidato pelo PSL, pode ficar sem alianças regionais nos cinco maiores colégios eleitorais do país. Mesmo em São Paulo, onde o PSL cogita uma candidatura ao governo, o projeto embrionário é alvo de polêmicas dentro da própria sigla. (O Globo)
Doria - A campanha de João Doria (PSDB) tem expectativa de vitória no primeiro turno da disputa pelo governo paulista. O otimismo foi reforçado com a candidatura do apresentador José Luiz Datena (DEM) ao Senado e a vinda do PP para a coligação de Doria. (Folha de S.Paulo)
STF 1 - A decisão da 2ª Turma de soltar condenados em segunda instância, como o ex-ministro José Dirceu, aprofundou as divisões entre ministros do STF e as críticas que fazem entre si, e serviu para reabrir o debate sobre a execução provisória da pena. (Folha de S.Paulo)
STF 2 - Um dia após a 2ª Turma do Supremo impor novas derrotas ao ministro Edson Fachin, relator da operação Lava Jato na Corte, o ministro Gilmar Mendes disse que "o Supremo está voltando a ser Supremo". (todos os veículos)
STF 3 - A sucessão de decisões favoráveis a réus da Lava Jato na 2ª Turma do STF vem sendo interpretada por parte do meio jurídico como uma "limpeza de pauta" diante da iminente mudança na correlação de forças do colegiado, a partir de setembro. (Valor Econômico)
STF 4 - O ministro Edson Fachin decidiu que caberá ao plenário da Corte homologar ou não a rescisão dos acordos de colaboração premiada firmados pelos irmãos Joesley e Wesley Batista e pelos ex-executivos da J&F Ricardo Saud e Francisco de Assis e Silva, solicitada pela PGR. (O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo e O Globo)
Câmbio - O Banco Central tentou segurar o dólar ontem: os leilões de linha, colocando um total de US$ 2,4 bilhões no mercado. A moeda norte-americana subiu 1,99%, vendida a R$ 3,87. (todos os veículos)
Saúde - As operadoras de planos de saúde poderão cobrar dos clientes até 40% do valor de cada procedimento realizado, conforme norma editada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e publicada hoje no Diário Oficial da União. (O Estado de S. Paulo)
Pence - O vice-presidente americano, Mike Pence, culpou a "ditadura de Maduro" pela situação de venezuelanos em Manaus, onde ele visitou um abrigo com 120 pessoas, antes de voar para o Equador. (O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo)