Os ajustes na política comercial americana que resultaram na imposição de tarifas a produtos chineses vão entrar em uma nova e decisiva fase.
O governo Donald Trump quer dar ainda mais visibilidade aos efeitos práticos das restrições, fortalecendo assim a propaganda protecionista.
Já os chineses, que também levantaram barreiras, vão acentuar o discurso - compartilhado com a Europa - de que os Estados Unidos estão, na verdade, bagunçando o comércio global.
Para o Brasil, as medidas em si, as novas ameaças e seus desdobramentos políticos não poderiam ter vindo em pior hora.
A virada do semestre é quando o importador e o exportador nacionais recalibram suas estratégias para o ano.
Com a tensão instalada entre as duas potências, o agronegócio já estima prejuízos e dificuldades extras para acessar determinados mercados.
Juros
O futuro da Selic
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reunirá amanhã e depois para decidir a taxa básica de juros.
A alta do câmbio é um fator e tanto a ser considerado, mas os riscos de descontrole na guerra tarifária travada entre China e Estados Unidos, também.
Eleições
Jogo de vestiário
A Copa do Mundo diminuiu a intensidade dos discursos e a presença pública dos candidatos, mas não paralisou os partidos e as negociações por alianças.
A busca por apoios regionais tem levado em consideração algo que mexe muito com o imaginário político: o perfil da composição pós-eleitoral na montagem de governo.
Congresso
Agenda e realidade
Os festejos juninos e a Copa do Mundo alteram - como sempre - a dinâmica do Congresso.
Mesmo assim, estão previstas votações para esta semana na Câmara dos Deputados.
No Senado, espera-se pelo término da votação da lei que autoriza a divulgação da lista de pessoas físicas e empresas beneficiadas com isenções fiscais.
Colômbia
Recado das urnas
A eleição do presidente Iván Duque deve interferir no acordo de paz entre governo e as FARC, na Colômbia.
Analistas internos apostam em uma possível ampliação da influência americana nas relações entre os países da Unasul.
Mercosul
Cúpula sem Macri
A Cúpula do Mercosul, que começa hoje no Paraguai, tem início sob forte impacto causado pela ausência do presidente argentino Mauricio Macri.
A crise política e a instabilidade econômica pioraram depois da saída do presidente do Banco Central e dos ministros da Energia e da Produção.
Agenda
Concessões - Está prevista para hoje audiência pública que discute a quinta rodada de concessão de mais 13 aeroportos divididos em três blocos: Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.
Sisu - O Ministério da Educação divulga hoje o resultado do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). São 57.271 vagas em 68 instituições públicas de ensino superior em todo o país.
Eleições 2018
Nos jornaisFundo Especial - O TSE divulga hoje o valor do Fundo Especial de Financiamento de Campanha.
Frete - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) enviará hoje ao STF parecer em que afirma que o tabelamento do frete rodoviário cria uma espécie de cartel e representa uma afronta à livre concorrência. (manchete de O Estado de S. Paulo)
Crise - Ministros do núcleo mais próximo ao presidente Michel Temer afirmam que a crise política e econômica causada pela greve dos caminhoneiros foi a mais grave, mesmo com as investigações que o têm como alvo e a votação das denúncias contra ele na Câmara dos Deputados. (Valor Econômico)
Popularidade – O presidente Michel Temer lançará nas redes sociais, a partir de hoje, uma nova campanha composta por uma série de vídeos curtos, com o objetivo de tentar melhorar sua imagem. (O Globo)
Eleições - O pré-candidato ao Palácio do Planalto Jair Bolsonaro (PSL-RJ) tenta afastar-se da imagem de um polêmico sindicalista militar que defende políticas estatizantes e aderir a ideias ultraliberais do economista Paulo Guedes. (O Estado de S. Paulo)
Aliança - Emissários da pré-candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, começaram a sondar políticos de outros partidos para compor sua chapa presidencial. (O Estado de S. Paulo)
Reeleição - Levantamento aponta que a eleição para o Senado deve ter um número recorde de candidatos em busca da reeleição. Dos 54 parlamentares eleitos em 2010, ao menos 35 (65%) devem tentar renovar seus mandatos por mais 8 anos. (O Estado de S. Paulo)
Daiello - Em entrevista, o ex-diretor da Polícia Federal, Leandro Daiello, afirma que o material apreendido pela PF sob seu comando é suficiente para mais "quatro ou cinco anos" de grandes operações. (O Estado de S. Paulo)
Investigação 1 - A Polícia Federal investiga ligação de partidos com saques em fundo de R$ 500 milhões. O Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) identificou fraudes em pelo menos três repasses. (O Globo)
Investigação 2 - A PF pediu documentos sigilosos à Câmara dos Deputados para avançar em uma investigação que apura se o deputado federal João Carlos Bacelar (PR-BA) violou o sigilo funcional a favor da Odebrecht em uma CPI sobre a Petrobras. (Folha de S.Paulo)
Alerta - O aumento das despesas obrigatórias no orçamento pode deixar o governo mais próximo de um cenário de paralisia dos serviços públicos em 2019, afirmam especialistas. (manchete de O Globo)
Eletrobrás - A proposta de privatização das seis distribuidoras estaduais de energia administradas pela Eletrobras entra numa semana decisiva e preocupa o governo. Ainda há uma série de etapas a serem cumpridas que envolvem o Congresso Nacional e os acionistas da estatal. (O Estado de S. Paulo)
Investimentos - O Brasil já começa a sentir os efeitos da reforma tributária feita pelo governo Donald Trump nos EUA. Aliadas à economia em marcha lenta por causa das eleições presidenciais, as mudanças derrubam os investimentos estrangeiros produtivos em empresas no país. (O Globo)
Recuperação - A retomada da atividade econômica depois do fim da paralisação dos caminhoneiros está mais lenta do que se previa. Dados de faturamento da indústria dos Estado São Paulo confirmam a percepção de analistas de que os acontecimentos de maio reforçaram a perda de fôlego da economia. (manchete do Valor Econômico)
Colômbia - O direitista Iván Duque venceu ontem o segundo turno da eleição colombiana e assumirá em 7 de agosto como presidente do país, sucedendo Juan Manuel Santos (2010-18). Duque obteve 53,9% dos votos contra 41,8% de seu rival, o esquerdista, ex-prefeito de Bogotá e ex-guerrilheiro do M-19 Gustavo Petro. (todos os jornais)