E agora? Sanduíche fake?
Se já não bastassem os problemas com carboidratos, proteínas, gorduras, calorias etc. que atingem os consumidores crianças, jovens, adolescentes, adultos, idosos, enfim, todos os consumidores, a cada dia fica mais claro que, na sociedade capitalista contemporânea, que só conhece o lucro e só pensa nele, muitos produtos vendidos são falsificados, adulterados e deteriorados.
E, quem diria, duas enormes redes mundiais de fast food foram pegas no flagra oferecendo o que não entregam: após denúncia do Procon, o McDonald's retirou de seu cardápio em todo o Brasil os dois sanduíches da linha que seria de picanha. O corte da carne estava apenas no nome.
"Pedimos desculpas se o nome escolhido gerou dúvidas e informamos que estamos avaliando os próximos passos", declarou o McDonald's.
E o Burger King foi intimado pelo Procon para retirar de seu cardápio o sanduíche Whopper Costela, que não contém o ingrediente "costela". A decisão do órgão de defesa do consumidor foi baseada na publicidade fornecida pela própria página da rede, segundo a qual o lanche é feito de "carne de porco com aquele aroma inconfundível de costelinha".
Incrível, não é?
Em pleno século XXI, com 31 anos de vigência do Código de Defesa do Consumidor que proíbe publicidade enganosa e a tipifica como crime (arts. 37 e 67, respectivamente), ainda assistimos esse tipo de violação feita abertamente.
No caso do McDonald's há confissão de que oferecia o que não entregava, o que parece ser a mesma situação do Burger King.
Agora, eu pergunto: e os demais sanduíches, será que contém mesmo aquilo que oferecem. Será que há frango ou galinha no sanduíche de frango dessas duas redes? Ou nos nuggets? Como podemos acreditar? E os sanduíches veggies são mesmo vegetarianos? Só fazendo perícia.
Não se trata apenas de se "vender gato por lebre". Nos casos citados, sim, estavam vendendo algo que não entregavam, mas como sempre lembro, há muitos produtos autênticos que fazem mal por suas próprias substâncias, por falta de informação ou por informação imprecisa etc.
Aliás, como identificar se o produto alimentício é bom? Realmente, é difícil. Em boa parte das vezes, o consumidor se serve dos olhos e do nariz: aparência e cheiro são boas alternativas para se aferir qualidade, mas nem sempre dá certo. E acaba restando a apresentação, a oferta e a publicidade...